Metodologias de ensino que aumentam o aprendizado no ensino superior

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Surgindo em um contexto que valoriza a autonomia, a autogestão, e a praticidade, novos métodos de ensino atendem às necessidades do mercado e dos profissionais da Educação.

Métodos antigos e passivos soam ultrapassados por alunos mais exigentes, que enxergam o ensino tradicional como algo que pouco contribui para a construção de novos conhecimentos.

Em especial para a Geração Y, novas formas de ensinar atraem e retém, mantendo as turmas engajadas e aumentando, pelo simples fato de inovar, o resultado e a performance dos alunos.

Neste artigo, reunimos os principais métodos de ensino para você se inspirar, e aprimorar o processo de formação do conhecimento na sua IE.

Métodos Novos versus Estrutura Tradicional

As novas metodologias permitem o estabelecimento de metas e caminhos para o ensino e aprendizagem.

As abordagens tradicionais priorizam a instrução lógica e restrita, guiada pela entrega de informações específicas por meio de leituras, palestras e cópia de conteúdo.

As avaliações dos alunos são feitas com testes de aplicação e conhecimento para medir o desempenho do aluno, e aprovar quem atinge a média.

O modelo tradicional, ainda predominante nas instituições de ensino brasileiras, toma o professor como figura central, conferindo a ele o status de detentor e disseminador do conhecimento.

Por outro lado, os alunos são vistos como meros destinatários e, portanto, devem reconhecer a autoridade do mestre e se esforçar para obter resultados satisfatórios nos exames.

Portanto, para lembrar dos tópicos vistos em aula, é necessário fazer exercícios antes do exame, memorizar as informações e estudar muito.

Os novos estilos de aprendizagem têm visões muito diferentes sobre como o conhecimento é construído, desde os formatos de sala de aula até os métodos de avaliação.

Eles procuram romper com antigos paradigmas, visando facilitar e potencializar o aprendizado e torná-lo mais atraente.

Os professores agora atuam como facilitadores, e não como únicos detentores do conhecimento.

Assim, o discente é incentivado a apresentar soluções de problemas, pesquisas, debates e experimentações, em vez de simplesmente concluir suas tarefas.

A importância da participação na ampliação do conhecimento torna o aluno mais independente, ajudando-o a resolver, futuramente, situações reais da sua profissão.

As 05 metodologias mais eficazes da atualidade

1. Metodologias ativas de aprendizagem

As metodologias ativas desafiam a ideia de que os professores são transmissores de conhecimento, enquanto os alunos, meros receptores. 

Colocando o estudante no centro da dinâmica de aprendizagem, essas metodologias favorecem uma postura ativa por parte do aluno, em vez do tradicional comportamento passivo.

Práticas como a aula invertida, que altera o momento de apresentação de um novo conteúdo, garantem maior participação, enquanto as atividades em times desenvolvem soluções colaborativas e fortalecem o espírito de equipe.

2. Teoria das inteligências múltiplas

A Teoria das Inteligências Múltiplas, criada pelo psicólogo Howard Gardner, revelou que existem oito modalidades diferentes de inteligência.

Todos possuímos esses oito, em maior ou menor grau, resultando em determinadas tendências e aptidões.

Fatores genéticos regem em partes a predisposição, mas não bastam: é necessário que haja um ambiente favorável para que essa aptidão se desenvolva.

E é pensando nisso que as instituições de ensino devem ter um ambiente favorável para receber cada uma das oito inteligências predominantes:

Lógico-matemática: mentes voltadas à lógica e estratégia geralmente têm essa modalidade bem desenvolvida, o que garante vantagem na hora de resolver problemas, equações complexas e fazer cálculos.

Linguística: pessoas com essa inteligência predominante têm facilidade para avaliar, organizar, interpretar e se expressar através de palavras, tanto de forma oral quanto escrita.

Musical: aqui, o indivíduo é capaz de identificar padrões de som, arranjos e notas. 

Naturalística: com essa inteligência predominante costumam ter alta inteligência naturalística, com atributos diferenciados na hora de analisar os elementos da natureza.

Corporal-cinestésica: ter alta consciência do corpo e dos movimentos permite que a pessoa os use para atingir objetivos, a exemplo de dançar ou até quebrar recordes em competições esportivas.

Espacial: é o tipo de inteligência que confere facilidade ao se orientar por meio de mapas, estimar distâncias e imaginar formas, cores e medidas.

Interpessoal: as habilidades interpessoais ajudam a construir e manter relacionamentos saudáveis. A capacidade de se colocar no lugar dos outros e entender suas preocupações, necessidades e motivações.

Intrapessoal: quem possui essa inteligência como principal costuma ser independente e ter muita autonomia, reunindo aptidões úteis para o autoconhecimento, reflexão e autoanálise.

3. Aprendizagem experimental

Essa abordagem quebra o padrão de divisões disciplinares, unindo professores e alunos para formar turmas com conteúdo interdisciplinar.

As sessões são guiadas por um tema previamente escolhido, e estão sempre vinculadas a um tema central.

Combinando o conhecimento geralmente difundido através de cursos de geografia, biologia, história e atualidades, pode ser formado um curso que discute o mesmo tema em várias áreas do conhecimento.

4. STEM

Inspirado na revolução tecnológica, o STEM também é interdisciplinar.

Seu foco está no desenvolvimento de conteúdo baseado em quatro disciplinas específicas usadas para formar a sigla STEM:

  • S (SCIENCE): refere-se à ciência ou ciência natural, e abrange conceitos de física, química e biologia;
  • T (TECHNOLOGY): descreve a Tecnologia, mostrando conceitos simples, mas aprofundados, como linguagens de programação e Internet das Coisas;
  • E (ENGINEERING): apoia a criação de materiais a partir do conhecimento científico;
  • M (MATH): apresenta aplicações práticas para resolver necessidades cotidianas.

Essas disciplinas fornecem, juntas, o conteúdo necessário para a formação de profissionais qualificados em inovações tecnológicas aplicáveis, compensando as deficiências do mercado nessas áreas.

Como resultado, as abordagens STEM são mais comuns no ensino técnico ou superior, quando os alunos expressam o desejo de seguir carreiras nessas áreas.

5. Ensino híbrido

O ensino híbrido, ao mesclar online e offline, aumenta a flexibilidade em sala de aula, por ser um meio termo entre a educação presencial e a EaD.

A ideia é somar os benefícios dos dois universos.

À distância, podem ser feitas aulas e atividades de introdução, enquanto na 

modalidade presencial acontecem os debates, a interação e as atividades em laboratório.

A metodologia híbrida vem ganhando cada vez mais adeptos, uma vez que traz também benefícios financeiros à IE.

Como na maioria dos novos métodos, o ensino híbrido também requer mais dedicação do estudante, seja participando dos conteúdos EaD, seja compartilhando suas impressões em sala de aula.

Conclusão

Aprendizagem personalizada, dinâmica e centrada no aluno: essas são algumas das tendências que norteiam os novos métodos de ensino, que devem integrar o futuro da educação no Brasil e no mundo.

Cada vez mais apropriado do processo educacional, o aluno agora está mais presente em todas as atividades.

De olho nessas tendências, toda a construção do Gennera Academic One é focada na experiência do usuário, seja esse usuário aluno ou colaborador da IE.

Além disso, pensando em ensino híbrido, contamos com um AVA nativo e integrado, o que garante aulas mais fluidas e com informações que se interligam com outras dentro do sistema.

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Sobre Blog Gennera

A Gennera tem mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de soluções acadêmicas e financeiras destinadas exclusivamente ao ecossistema de educação, sendo pioneira e líder nas plataformas de gestão educacional online (cloud computing).

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